Quadrilha Pisa no Espinho

Quadrilha Pisa no Espinho

sexta-feira, 29 de julho de 2011

História das Quadrilhas

O intuito dessa página é homenagear, um pouco das quadrilhas, claro que não dá pra colocar todos os títulos das mesmas, mas espero que se sintam a vontade pra acrescentar algo. Aproveitem!

Dona Matuta
Fundada em 16 de maio de 2006, no bairro de San Martin - Recife, Dona Matuta nasceu da união de jovens “veteranos” em quadrilha, que tinham como objetivo brincar o São João. Dos desejos e sentimentos juninos de Sérgio Trindade (presidente e marcador), George Araújo, Vivia Amanda (Katuxa), Sérgio Barros, André Perreli, Henrique Tenório, Edilze Belo, Cezar Augusto, entre outros, numa conversa no bar Dona Matuta (IPSEP), nasceu a ideia de criar uma quadrilha que reunisse amigos e contribuísse para a preservação dessa manifestação da cultura popular em Pernambuco. O slogan do grupo “Aqui é só Alegria”. Em 2009, Dona Matuta entra para a história das quadrilhas campeãs de um dos concursos mais esperados pelos quadrilheiros: o Festival de Quadrilhas da Rede Globo Nordeste. Com o tema A Festa do Pau da Bandeira, seus 116 integrantes levaram o resultado de um trabalho de pesquisa para Fortaleza, onde ganhou o título de melhor marcador e melhor destaque com o padre no Concurso Regional, e conquistou alguns títulos nos arraiais do Recife e Região Metropolitana.
 
Forró Moderno
Inconformados com o encerramento das atividades da Quadrilha Flor do Abacate, alguns diretores, entre eles, Itamar Coutinho (marcador), Jerson Lins, Andrelino Mendonça e outros, decidem criar um novo grupo, que continuasse com o trabalho de valorização e preservação das nossas manifestações da cultura popular. Assim, nasce, em 17 de janeiro de 1996, na Rua Maria do Carmo Vieira, 31, Rio Doce, a Quadrilha Junina Forró Moderno. A escolha do nome é uma junção do ritmo forró, dançado pelas quadrilhas, e do novo estilo da quadrilha, agora mais moderna, ousada, diferente do modelo matuto comum até os anos 1980. O grupo ficou conhecido entre os quadrilheiros, “como a continuação de uma história ou o seu segundo capítulo – a Flor em nova versão”, diz Itamar. Dessa forma, a Forró Moderno seguiu sua trajetória conquistando muitos títulos, tais como: campeã do Festival de Quadrilha da Rede Globo (1996); Vice-campeã do Festival Nordestino de Quadrilhas Juninas da Rede Globo (1996); 1º lugar do Festival de Quadrilhas do GERA (Areias, 19 e 2001); 1ºlugar do Festival de Quadrilhas do Arraial São Gabriel (Bomba do Hemetério - Recife); 3º lugar do Festival Pernambucano de Quadrilhas da Prefeitura do Recife (196); 1º lugar do Festival de Quadrilhas da Ilha de Itamaracá (2001), 3º lugar do Festival Pernambucano de Quadrilhas da Prefeitura do Recife (2003); Bicampeã do Concurso de Quadrilhas do Arraial do Liba (2007/2008); campeã do Festival de Quadrilhas do Município de Joaquim Nabuco – Zona da Mata Sul - PE (2009). 

Junina Tradição
A ideia primeira de criar a Quadrilha Junina Tradição nasceu numa mesa de bar entre conversas e sonhos de quatro amigos (Fabiano Ferreira, Maurício Francisco, Ademário Ferreira (Xoxo) e Jimmy Glauber) moradores do Morro da Conceição, Recife. O pensamento só se concretizou, em 04 de fevereiro de 2004, quando se somaram ao grupo, os primos Joselito Costa
e Perácio Jr. e os amigos Gildo Alencar, Anderson Gomes, Cleyton Santos (Buda), Sandro Sá, Diogo Luís, Adeilda (Tetei) e Lúcia (Nena), todos dissidentes da Quadrilha Origem Nordestina da mesma localidade. O nome foi inspirado na escola de samba Tradição do Rio de Janeiro, que também foi fundada a partir da dissidência com outra escola. A experiência adquirida na “Origem Nordestina” ajudou na condução dos trabalhos com o novo grupo. Os dançarinos passaram a desenvolver outras habilidades, novos talentos foram revelados, “surgindo grandes coreógrafos, projetistas, figurinistas, cenógrafos, compositores, marcadores, tudo o que precisava para colocar uma quadrilha junina na rua. O resultado dos investimentos foi satisfatório. Espetáculos bem-avaliados, conquistando muitos prêmios. São João: Festa da Fertilidade e da Fartura foi o título do trabalho em 2005, que deu a Tradição o bi-campeonato do Festival da Globo; São João: a Grande Festa do Povo, em 2006, trouxe o 3º lugar do Festival da Globo. Quentão, tradição que esquenta o São João, foi o título do espetáculo em 2007. Em 2008, conquista o vice-campeonato na Globo com o trabalho Daqui Pra Lá, de Lugar em Lugar a Tradição Vem Festejar, abordando a história do teatro Mambembe. Em 2009, Geninha da Rosa Borges, dos palcos aos arraiais, traz para a Tradição o 3º lugar no concurso do Sesc e a 4ª colocação nos Festivais Pernambucano e Rede Globo.
 
Lumiar
Com um nome que remete a luz, brilho, resplendor, nascia, em 192, na comunidade de Brasília Teimosa, o Grupo de Dança Lumiar. A iniciativa parte do coreógrafo Erinaldo Souza, popularmente conhecido como Nanau, juntamente com alguns amigos da localidade apaixonados pela dança(Maria Izabel Vasconcelos (Bebê), Norma Vasconcelos, Paulo Brito de Barros,Maria José de Barros (Zezé)). Nanau inscreve a Lumiar, em 195, para participar pela primeira vez do Festival Pernambucano, onde o componente Marcos França recebe o título de 1º Rei das Quadrilhas Juninas. Era o início de uma história com importantes premiações para o segmento. Em 197, Nanau deixa a direção da Lumiar, assumindo os trabalhos, o quadrilheiro, ator e coreógrafo Fábio Andrade (posição que desempenha até a atualidade). Não demora, e a Lumiar torna-se reconhecida pelo público como a quadrilha “Escola de Artistas”, pela criatividade, seriedade, profissionalismo e pompa dos espetáculos produzidos. Em 2000, com o trabalho Adivinha, adivinhação na festa de São João, consagra-se campeã no Festival Pernambucano, no Sesc Recife e o 3º lugar na Rede Globo Nordeste. Em 2001, é o ano do espetáculo Festa de Casamento, que mais uma vez dá o título de campeã do Pernambucano e da Rede Globo, além do bi-campeonato do Sesc Recife. O 1º lugar na Rede Globo leva a Lumiar a participar do Festival Regional de Quadrilhas Juninas em Caruaru. Em 2002, é a vez do trabalho Fogueira é símbolo, fogo é louvor, que dá o título de campeã do Festival Pernambucano do Recife, o tri-campeonato do Sesc Recife e os campeonatos do Festival da Rede Globo Nordeste e do Festival Regional de Quadrilhas Juninas (Rede Globo – Mossoró – RN). Para 2003, a Lumiar prepara o espetáculo Festa e Devoção, que proporciona os títulos de 5º lugar do Festival Pernambucano, 2º lugar do Sesc-Recife, 2º lugar da Rede Globo, campeã do Festival Regional de Quadrilhas (Rede Globo – Jaboatão-PE), campeã do 1º Festival da Federação de Quadrilha Juninas de Pernambuco FEQUAJUPE e campeã do 1º Festival Nordestão de Quadrilha Juninas, em João Pessoa- PB, uma realização da CONFEBRAQ – Confederação Brasileira de Quadrilhas Juninas. 2005 foi o ano do trabalho Uma Noite de São João na Cidade de Lumiar, que trouxe os seguintes títulos: campeã do Pernambucano, tetra-campeã do Sesc-Recife, vice-campeã da Rede Globo, 4º lugar no Festival Regional de Quadrilhas Juninas (Rede Globo – Caruaru), campeã do 3º Festival da FEQUAJUPE e vice campeã no 3º Festival Nordestão de Quadrilha Juninas, em João Pessoa – PB, uma realização da UNEJ – União Nordestina de Entidades Juninas.
 
Raio de Sol
A Quadrilha Junina Raio de Sol foi fundada em 196, a partir da iniciativa de Alana Nascimento e José Bonifácio (Boni). Formada inicialmente por alunos da Escolinha Pantera Cor de Rosa, da comunidade de Águas Compridas, Olinda, foi criada apenas com o objetivo de animar a festa de São João da Escola. Devido ao sucesso da primeira apresentação, recebeu convites para participar de outros eventos e no arraial do bairro, conquistando a comunidade e o público. A cada ano, a Raio de Sol aperfeiçoava seu figurino, coreografias e casamento matuto, destacando-se entre as quadrilhas mirins e conquistando o seu primeiro grande título em 2000, como campeã do Festival Pernambucano de Quadrilhas Juninas Infantis, promovido pela Prefeitura do Recife. As crianças foram crescendo junto com a quadrilha, que passou a categoria de quadrilha adulta, em 2002. Desde então, tem se classificado nos principais concursos de quadrilha do Estado. A partir de 2006, com marcador e coreógrafos que cresceram e se profissionalizaram em função da quadrilha, e devido à concepção diferenciada de fazer quadrilha dos produtores Fábio Costa e Américo Barreto, a Raio de Sol tem se destacado bastante. Conquistou o tricampeonato Pernambucano de Quadrilhas da Prefeitura do Recife (Sítio da Trindade, 2006-2008), o Campeonato do Sesc (2006) e o Concurso da Rede Globo Nordeste (2007). Além de participar dos diversos arraiais espalhados pelos bairros do Recife e Olinda, a Raio de Sol tem representado o Estado de Pernambuco em Concursos Regionais de Quadrilhas: Nordestão (Natal-RN, 2006), Regional da Globo (Campina Grande-PB, 2007), Nordestão (Maceió-AL, 2007), Nordestão (Fortaleza-CE, 2008)e Iguatufest (Iguatu-CE, 2009).

Origem Nordestina
“Será que daria certo fazer uma grande quadrilha na comunidade do Morro da Conceição? Esse foi o questionamento feito por Lenildo Moreira de Carvalho (popularmente conhecido como Suelane), em 14 de setembro de 1994, num gesto profundo de religiosidade, intimidade e fé com a Santa mais popular do Recife. Assim, “criada através de uma promessa feita aos pés de Nossa Senhora da Conceição”, a Origem Nordestina foi a primeira quadrilha junina organizada no Bairro do Morro da Conceição, Zona Norte do Recife. Um lugar onde o sagrado e o profano se misturam, fortalecendo um ao outro, numa estreita relação de reciprocidade. Essa aproximação é percebida, sobretudo, nas diferentes formas de expressões culturais que dão vida ao bairro, entre elas, a Quadrilha Junina. “A maioria dos componentes são devotos de Nossa Senhora. Os que não são a gente tenta puxar para ela pela fé Moreira, que ainda acrescenta: “Na nossa quadrilha colocamos um casal para representar a promessa, vestido de azul e branco, sendo denominados padrinhos da nossa quadrilha”. O sentimento de devoção que une o grupo e a importância do trabalho social que realiza no Morro, estimulando os talentos locais, gerando renda e formando cidadãos, ultrapassam as fronteiras da quadrilha e ganham o reconhecimento dos moradores e da vizinhança, que passam a atuar junto ao grupo, não só como admiradores do seu trabalho, mas também como parceiros. A primeira grande classificação da Origem foi em 196, quando conquistou o 4º lugar no Festival de Quadrilhas Juninas da Rede Globo Nordeste e o 1º lugar no concurso promovido pelo Playcenter (atual Mirabilândia). Em 1998, a Origem conquista o vice-campeonato nos dois concursos mais disputados pelas quadrilhas, o Festival Pernambucano e a Rede Globo Nordeste,2000 foi o ano da sorte da Origem Nordestina. Ela consagra-se campeã do Festival de Quadrilhas da Rede Globo Nordeste. Em 2001, conquista o vice-campeonato na Globo e no Pernambucano. Em 2002, repete o vice-campeonato do Pernambucano, obtendo o 3º lugar no Sesc e na Rede Globo.

Traque de Massa
A trajetória da Traque da Massa é curta, porém protagonista de trabalhos significativos, que abrilhantaram os capítulos da história do  movimento Quadrilha Junina no Recife e Região Metropolitana nos últimos anos.O grupo foi fundado em 20 de março de 2004, na comunidade de Águas Compridas, Olinda, da junção das quadrilhas Tradição na Roça e Moderna Caruá. Entre os seus idealizadores, destacam-se Sérgio Ricardo Silva Lins, presidente, e José Roberto da Silva Neto, vice-presidente. A escolha do nome foi consenso, pois “queriam um nome que caísse na boca do povo, A Traque de Massa ficou na memória dos quadrilheiros pela singularidade e ousadia dos trabalhos que levava para os arraiais.porque todas as quadrilhas jogavam traque de massa Nos cinco anos de existência, muitos nomes são importantes e merecem ser lembrados (o pessoal de produção, os dançarinos, os marcadores, os coreógrafos, as costureiras – profissionais que passaram e fizeram história na quadrilha). No entanto, destacaremos também neste documento os nomes de Anderson Gomes e Perácio Junior. Anderson foi o responsável pela concepção e desenvolvimento de temas que ficaram na memória de quem assiste e gosta de quadrilha. Em 2006, com o tema Fogos de artifício, pólvora e povo, o grupo conquista o seu primeiro campeonato: vencedor do Festival de Quadrilhas da Rede Globo Nordeste e do Festival Regional, na Paraíba. Vitalino: sem barro o homem, com barro o Mestre foi o título do espetáculo de 2007, que definitivamente apresentou um novo modelo de quadrilha junina, inspirando muitos grupos a realizarem um trabalho de qualificada pesquisa. Com esse tema, a Traque conquistou o vice-campeonato no Pernambucano da Prefeitura do Recife, no Sesc e o 3º lugar na Rede Globo.
  
Zabumba
“Passar as festas juninas comemorando e festejando todos juntos, fazendo o que mais gostamos: dançar quadrilha e levar para o povo grandiosos espetáculos mostrando arte e cultura através da Quadrilha Junina”. Do desejo de um grupo de amigos (Jailson Monteiro, Charles Carvalho, Ubiraci Muniz (Bira), Gustavo Cavalcante), nasce, no dia 07 de setembro de 2001,a Quadrilha Junina Zabumba, localizada em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife. A ideia do nome remete à vontade do grupo de criar uma quadrilha que traduzisse a alegria dos festejos juninos, daí a necessidade de um nome impactante, de força: ZABUMBA – denominação de um instrumento musical bastante utilizado nas festas de São João no Nordeste. Em 2002, no seu primeiro São João, a quadrilha ganha as ruas de Camaragibe e conquista campeonatos; ultrapassa as fronteiras do bairro e participa dos principais concursos do gênero no Recife e Região Metropolitana, classificando- se no 2º lugar do Concurso do Sesc. muitos títulos importantes, como: campeã da Rede Globo Nordeste (2003), campeã do Concurso do Sesc (2004), vice-campeã do Nordestão / Fortaleza, CE (2004), vice-campeã da Rede Globo Nordeste (2004), vicecampeã do Festival Pernambucano da Prefeitura do Recife (2004, 2006 e 2009) e oito vezes campeâ do Concurso de Camaragibe.
Essa pesquisa baseada “Nos Arraiais da Memória As quadrilhas juninas escrevem diferentes histórias” Mário Ribeiro dos Santos. Foi só um pouco, mas é claro que tem mais a falar, por isso contamos com cada um de vocês pra acrescentar e abrilhantar mais a sua quadrilha.
Obrigada!
Taiwana Buarque

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